ENTRE A OBRIGAÇÃO E O PRAZER DE CRIAR: UMA ANÁLISE PSICODINÂMICA DO PRAZER-SOFRIMENTO NO TRABALHO ARTÍSTICO

Monique Nascimento

Resumo


A consolidação da noção de economia como um sinônimo para o mercado autorregulado (POLANYI, 2000) fez com que lhe fossem subordinadas todas as formas de manifestação humana, e com a produção da área da cultura não foi diferente (BRANT, 2009). Nesse sentido, pode-se afirmar que a atividade artística não permaneceu imune a unidimensionalidade do sistema social contemporâneo, como diria Ramos (1989) ou Braga (2015). Nas representações atuais, o artista é considerado como um possível trabalhador do futuro, uma figura excepcional, criativa, um empreendedor, intrinsecamente motivado, e mais exposto aos riscos de concorrência interindividual e às novas inseguranças das trajetórias profissionais (MENGER, 2005; TRANSFORM, 2008; LOACKER, 2013; BRAGA, 2015). Condições que revelam a importância de se trazer à tona a discussão a respeito do prazer e sofrimento no trabalho artístico, discussão esta, que pode emergir e ser embasada por intermédio da psicodinâmica do trabalho. Assim, pretende-se analisar as vivências de prazer-sofrimento de trabalhadores artistas atuando na Grande Florianópolis, considerando a aproximação de suas atividades com a economia de mercado.

Palavras-chave


Psicodinâmica do trabalho

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