AS REPRESENTAÇÕES ESTIGMATIZADAS SOBRE PORTADORES DE HIV/AIDS EM UMA CASA DE APOIO

Cristiane Maria Santiago Loureiro, Marina Dantas de Figueiredo, Letícia Dias Fantinel

Resumo


Este trabalho tem como propósito compreender como as representações sociais estigmatizadas sobre o HIV/AIDS interferem na realização dos objetivos de uma organização. A partir da base teórica da Psicologia Social sobre o estudo das representações sociais, assume-se a compreensão de que as noções de senso comum circulantes entre os sujeitos influenciam os discursos e as práticas da organização. A pesquisa é de natureza qualitativa e a coleta de dados foi realizada por meio técnica da observação participante, de entrevistas semiestruturadas, além de pesquisa documental em uma organização não governamental (ONG) identificada institucionalmente como Casa de Apoio, localizada em Fortaleza, CE. Esses dados foram articulados em uma análise que permitiu constatar que a organização se caracteriza como uma instituição total, orientada por regras e comportamentos em que se identificam estigmas a respeito dos portadores de HIV/AIDS. Essas regras se impõem como barreiras entre os portadores e a organização, aumentando suas possibilidades de desligamento da instituição. Visto que a permanência assegura o acolhimento e o tratamento de saúde, colocados como objetivos da Casa de Apoio, conclui-se que as representações sociais estigmatizadas interferem negativamente na realização dos mesmos.

Palavras-chave


Casa de Apoio

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