PARA ALÉM DA VIA INSTITUCIONAL: A EMERGÊNCIA DO SUJEITO EM FACE ÀS FORMAS DE MODERNIZAÇÃO

Guillermo Cruz

Resumo


Neste ensaio busco refletir sobre a possibilidade da emergência do sujeito em uma realidade permeada por formas de modernização racionalizadoras e fragmentárias. Um tempo onde já não é possível apostar em soluções institucionais, insuficientes para lidar com a crescente separação entre os mundos objetivo e subjetivo que ocorre em nosso tempo dado o seu apego à estabilização funcional das relações humanas. Incapazes, também, de trazer uma visão realmente transformadora da realidade social, engessada pela ligação entre valores e normas que se encontra na raiz do programa institucional e pela abstenção em criticar a tomada e manutenção de poder por parte de uma elite dirigente. Recorrendo à Sociologia da Ação, defendo que a única forma de se pensar a modernidade em um sentido universalista é a partir do reconhecimento de direitos de todos os seres humanos vistos como seres livres e iguais. O que demanda que se repense o indivíduo enquanto sujeito, se postando em sua realidade como defensor de direitos fundamentais do ser humano ao longo de batalhas, vitórias e derrotas. Seja individualmente ou coletivamente através de movimentos sociais, entendidos como um tipo particular de ação coletiva: por meio do qual uma categoria social coloca em causa uma forma de dominação social, apelando para orientações gerais da sociedade que partilha com o seu adversário de modo a privá-lo de sua legitimidade.

Palavras-chave


Ensaio Teórico

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