CIVIL SOCIETY AND THE CONTRADICTIONS OF ORGANISED SPACE: THE CASE OF FAVELAS IN RIO
Resumo
A separação neopositivista entre teoria e método prejudica o potencial da investigação qualitativa na administração (Jack & Westwood, 2006) e reforça os fundamentos ontológicos e epistemológicos tradicionais do campo que legitimam apenas uma organização burocrática de-espacializada como o modelo para a maioria das teorias que informam os estudos em organizações. Em contrapartida, nas últimas décadas observa-se uma produção acadêmica cada vez maior a respeito sobre o papel do espaço nas organizações. Dessa forma, torna-se aparente a realização de modelos ideais de organização que podem ser relacionados aos projetos hegemônicos ou alternativos de produção do espaço. Em especial, a análise do espaço político-econômico (Lefebvre, 1991, p. 104) revela estruturas de exclusão e segregação que se de um lado são mediadas pelas organizações, por outro revelam também experiências de resistência que se manifestam por meio de práticas de organização alternativas. Em função das relações contraditórias com a cidade, favelas representam um contexto ideal para ilustrar essa tensão entre a homogeneização (alienante) e diferenciação (apropriação) nas forças na produção do espaço organizado. Este artigo apresenta o caso das organizações de Sociedade Civil em favelas para demonstrar que estas organizações mediam relações contraditórias com o espaço e constantemente questionam as estruturas sobrepostas que os define. A geração de dados consistiu em uma observação participante realizada em uma favela do Rio de Janeiro.
Palavras-chave
resistência
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