A RACIONALIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO TRABALHO MÉDICO EM HOSPITAIS

Flávia Granzotto Fachini, Rejane Cioli, Francis Kanashiro Meneghetti

Resumo


Este estudo tem como objetivo compreender como se dá a racionalização das condições de trabalho na perspectiva de médicos pediatras e ginecologistas obstetras atuantes no sistema de urgência e emergência de hospitais de Curitiba-Paraná. A metodologia adotada foi a de métodos mistos a qual combina ambos os métodos: quantitativos e qualitativos. Diante da realidade vivenciada pelos profissionais que se traduz em: a) condições precárias de trabalho; b) contratações por produtividade; c) ritmos e rotinas extensas de trabalho; d) gestão inadequada das organizações; e) falta de incentivo à qualificação profissional; f) acesso limitado ao plano de carreira; g) falta de reconhecimento profissional e h) escassez de recursos para a execução efetiva de atendimento aos pacientes, os mesmos continuam executando seu trabalho com zelo e procuram estratégias para suprir a falta de recursos. Dentre as estratégias desdobra-se a racionalização das condições de trabalho compreendida nesta pesquisa enquanto uma argumentação convincente e aceitável para as condições não favoráveis de trabalho. Ela é constitutiva das estratégias coletivas de defesa e permite que os profissionais continuem a realizar seu trabalho com zelo. Ressalta-se que estes sujeitos mesmo imersos nessa realidade não estão submetidos de forma total a ela, ou seja, a racionalização das condições de trabalho é produto de uma dura luta contra o sofrimento por meio de estratégias de defesa e também de resistência.

Palavras-chave


Hospitais

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