A METÁFORA INTERPRETANDO A REALIDADE: UMA POSSÍVEL ANÁLISE DA RELAÇÃO EMPREGADOR-EMPREGADO

Fernando Arruda Gonçalves, Luisa Fernanda Camacho González

Resumo


O presente trabalho apresenta por proposta um estudo a respeito da metáfora, sob a luz de Nietzsche, como linguagem para uma das possíveis compreensões da realidade social. Mais especificamente, este escrito se debruçará sobre a análise da metáfora “O pai que não é patrão e o patrão que não é pai”, proposta por Silvia Generali da Costa, que descreve a relação entre empregador e empregado no processo de terceirização no setor público. O objetivo do trabalho concerne a esclarecer a função que exerce tal metáfora sobre uma realidade construída socialmente, neste caso, a terceirização, e se aquela contribui a uma compreensão mais rica do fenômeno. Através da análise do discurso de fontes primária e secundária, chegou-se a conjectura de quatro categorias finais de análise, que esmiuçaram os possíveis sentidos da proposição daquela metáfora a partir de considerações dos âmbitos social, psicológico e ideológico, como também chegou-se a conclusão de que tal metáfora exerce a função de elucidar as transformações sofridas nos laços sociais na dimensão do trabalho e contribui para uma melhor compreensão do fenômeno da terceirização por oferecer uma expansão dos limites do conhecimento teórico/prático estabelecido para este, trazendo uma novo olhar, diante da perspectiva de laços familiares associados a laços trabalhistas.

Palavras-chave


Terceirização

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