A ATUAÇÃO DO ESTADO NO PLANO “MARINGÁ 2030”

Hugo Minoru Kitazawa, William Antonio Borges, Julia Silva Gonçalves

Resumo


Este artigo tem o objetivo de compreender a atuação do Estado na produção do espaço urbano de Maringá, a partir do plano intitulado “Maringá 2030”. Para tanto, a pesquisa se estabeleceu como um estudo documental, pautado em dados secundários obtidos diretamente do site da Prefeitura, também auxiliado por dados primários, constituídos como narrativas registradas quando da participação de um dos autores em uma sessão do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá, na Associação Comercial da mesma cidade, quando o Plano Maringá 2030 se inscreveu como pauta. Como resultado, percebeu-se que os projetos que integram o Plano Maringá 2030, têm como objetivo principal beneficiar o setor produtivo privado, quer seja o capital imobiliário - no que se refere a geração de excedente -, ou os setores: industrial e prestador de serviços, por meio de fomentos de infraestrutura e de mão de obra especializada. Ademais, todas essas ações comprovam que o espaço, conforme afirmado por Lefebvre (2008), constitui-se em modo (por se encontrar “nas mãos de “alguém”, individual ou coletivo, isto é, de um poder, de uma classe dominante ou de um grupo que tanto pode representar a sociedade global, quanto ter seus próprios objetivos) e mediação (ao permitir impor uma coesão ou dissimular as contradições da realidade). E por fim, o Estado, por ser entendido a partir de sua natureza de classe, só conseguirá atender aos interesses públicos à medida que mantiver o desenvolvimento econômico, por meio da criação das condições que garantem o crescimento e desenvolvimento da classe dominante, aqui representada pela sociedade civil restrita da cidade de Maringá formada por empresas dos setores da construção civil e da alta tecnologia.

Palavras-chave


atuação do Estado

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