VALE REFLETIR: O TREM É DA VALE? A INDÚSTRIA CULTURAL E O PROJETO DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL TREM DA VALE

Ingrid Anastácia de Sousa, Rosany Cecília de Sena, Carolina Machado Saraiva de Albuquerque Maranhao

Resumo


Em 2003, a mineradora Vale S.A. iniciou um projeto de revitalização do trecho ferroviário entre as cidades de Mariana e Ouro Preto, em Minas Gerais, atrelado a um programa de Educação Patrimonial como parte de um resgate da cultura local, abrindo espaço para a discussão sobre a forma como esta Educação Patrimonial se concretiza. Objetiva-se então, sob a luz da Teoria Crítica, investigar a existência de traços da Indústria Cultural no intitulado Programa de Educação Patrimonial Trem da Vale, utilizando como orientação para a análise empírica a tese de Rüdiger (2004) referente aos esquematismos comumente encontrados nesta indústria. Para tanto, através da análise do discurso, optou-se por realizar uma análise preliminar de depoimentos dos coordenadores técnicos responsáveis pela implantação e gestão do programa. Apesar de sua importância na região, nota-se que o projeto tem estrutura, ou objetivo de uma educação patrimonial, mas não é exatamente para educar criticamente, ao considerar que a comunidade inserida no programa de educação patrimonial, não recebeu estímulos suficientes para despertar a consciência de um cidadão crítico, que está além de um cidadão comum que apenas figura na comunidade. Neste contexto, o arcabouço cultural nada mais é que um caminho para vender uma imagem e/ou um produto.

Palavras-chave


Esquematismo

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