A APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO DA UNIVERSIDADE PÚBLICA PELOS MOVIMENTOS SOCIAIS QUE SE ORGANIZAM EM PROL DAS MULHERES

Thais Ribeiro Gomes, Fábio Marques da Silva, Hugo Minoru Kitazawa

Resumo


Face aos casos de tentativas de estupro contra mulheres que ocorreram no primeiro semestre de 2015 dentro do campus da Universidade Estadual de Maringá e em seu entorno, o Diretório Central dos Estudantes (DCE), gerido pela chapa Voz Ativa, criou uma Secretaria de Mulheres, no sentido de atender a essas denúncias e se posicionar enquanto movimento de resistência dando voz a esse grupo silenciado. Diante deste cenário, busca-se responder neste artigo ao seguinte questionamento: como se estabelece a relação entre o movimento social de mulheres organizado pelo DCE da Universidade Estadual de Maringá e a apropriação do espaço da universidade? Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com cinco participantes da gestão Voz Ativa do DCE, que foram analisadas à luz das teorias fundamentadas. Realizou-se ainda uma entrevista com a responsável pela página do Facebook denominada “Vamos Juntas - Maringá”, que representa uma comunidade de mulheres que se organizaram para fazer companhia umas às outras em caminhadas por locais perigosos. Quando o espaço social - a universidade - não atende ao acesso público, observa-se a formação de grupos que se organizam com intuito de dar conta de um assunto de interesse público, mantido – curiosamente – longe da mídia e sem resposta do poder público.

Palavras-chave


Organizar

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