A CATÁSTROFE COMO PERPETUADORA DA SOCIEDADE UNIDIMENSIONAL

Pamella Thaís Magalhães Ferreira, Carolina Machado Saraiva de Albuquerque Maranhao

Resumo


O presente artigo tem o objetivo de provocar reflexões críticas acerca do movimento “Justiça sim, desemprego não! #FicaSamarco” criado em defesa do trabalho e progresso da cidade de Mariana. Essas reflexões apresentam como eixo teórico a obra de Herbert Marcuse (1973) “A ideologia da Sociedade Industrial: o homem unidimensional”. Nesta, a sociedade é unidimensional por ter perdido sua capacidade reflexiva e de oposição ao estado estabelecido de coisas, graças à primazia da esfera produtiva, a divisão do trabalho e padrão crescente de vida. Marcuse (1973) revela ainda como a sociedade se mantém dentro do status quo e perpetua o perigo ao manter a ameaça de uma catástrofe, levando os sujeitos a cooperação com a ideologia social. No que se refere à questões metodológicas, este trabalho se baseou na metodologia qualitativa, utilizando-se o site criado pelos idealizadores do movimento “Justiça sim, desemprego não! #FicaSamarco” e a técnica de análise de dados utilizada foi a análise de conteúdo. As conclusões apontam para a forma como o trabalho socialmente exigido na conjuntura capitalista é capaz de barrar a crítica, escravizar os sujeitos e ao mesmo tempo satisfaze-los e coopta-los a defesa da própria dominação.

Palavras-chave


Dominação

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