SHOPPING POPULAR NAS BRECHAS DA LEI: A CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS COM CONDUTAS APROVADAS

Míriam de Castro Possas

Resumo


Em Belo Horizonte (BH), no final dos anos 1990 e início dos anos 2000 houve uma profusão de comerciantes informais na região do hipercentro, o que gerou preocupação nos responsáveis pela gestão da cidade. Por isso, foram criados os shoppings populares, na intenção de abrigá-los, retirando o comércio do espaço público. Atualmente, a cidade apresenta um novo crescimento do comércio informal. Esta pesquisa discute as relações de poder entre o governo da cidade de Belo Horizonte e os “camelôs”, representados aqui pelos vendedores que antes ocupavam as ruas do centro de BH e hoje ocupam os shoppings populares. O governo, nesta pesquisa, é representado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), e nos debruçamos, mais especificamente, na Lei 8.616/2003, que versa sobre o Código de Posturas do município de Belo Horizonte e, regulamenta, o comércio no centro da cidade. Para sustentar o desenvolvimento da discussão aqui proposta, buscamos relacionar ao caso de Belo Horizonte reflexões sobre a metrópole e suas características (SIMMEL, 1903; KAPP, 2011), sobre os termos escolhidos para designar esses grupos (RAJAGOPALAN, 2003) e sobre as relações de poder envolvidas na atribuição de sentido (GASTALDO, 2008).

Palavras-chave


shopping popular

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