BDSM: ENTRE CORPOS E TERRITÓRIOS DISSIDENTES

Andressa Carolina do Nascimento Nunes

Resumo


As grandes cidades contemporâneas são palco para a multiplicação de formas de vida, além do desenvolvimento de dinâmicas sociais únicas aos espaços ocupados pelos habitantes. Movimentos de resistência às lógicas de organização da cidade através da matriz excludente e da atuação do capital surgem e se multiplicam diariamente, de modo a possibilitar a ocupação da urbes pelos corpos não conformantes ao padrão estabelecido, desejosos de espaços que os acomodem devidamente. Neste cenário, se encontram os praticantes do BDSM que, embora se comportem de modo a permanecerem invisíveis na cidade, protegidos pelo próprio espaço que ocupam e as redes de relacionamentos que estabelecem, ainda assim participam de uma prática que não está de acordo com o padrão estabelecido pela matriz dominante. Sendo assim, este trabalho se propõe a uma reflexão a respeito da constituição dos corpos dos sujeitos praticantes de BDSM e dos seus lugares de ocupação nas cidades como formas de microresistência à matriz sexual dominante, excludente por princípio. Seria a prática do BDSM por esses indivíduos considerada uma forma de resistência? Seria o seu aspecto invisível na cidade fator relevante nesta consideração? São algumas das perguntas propostas.

Palavras-chave


Microterritórios

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