A INTERNACIONALIZAÇÃO COMO PODER SIMBÓLICO DE DOMINAÇÃO: UMA LEITURA NEOCOLONIALISTA

Natália Martinêz Ambrogi Woitas, Lilian de Lima Pires

Resumo


Ao considerar o argumento de Jack e Westwood (2009) de que o discurso de internacionalização de empresas é uma forma de continuação do projeto colonial, o objetivo desse artigo teórico é defender a internacionalização a partir de uma leitura Neocolonialista como uma manifestação do poder simbólico de dominação por meio de uma submissão ideológica. Para Bourdieu (2012), o poder simbólico é estimulado pelas práticas dos indivíduos fomentando e reafirmando o poder que determinada cultura detém sobre as demais. A dominação colonialista era exercida pelas metrópoles, por meio de violência, onde se assumia uma suposta superioridade racial e cultural em relação às colônias, buscava-se exploração de espaço e riquezas. Já no neocolonialismo, a dominação ocorre por meio do poder simbólico, esse poder invisível é descrito por Bourdieu (2012) como um poder quase mágico, por meio do qual é possível obter o equivalente daquilo que é obtido pela força física ou econômica. Nesse caso, o controle passa a ser movido por interesses econômicos de se internacionalizar uma cultura dominante, a ideia de superioridade prevalece também nesse contexto e a exploração segue por meio de uma submissão ideológica, a partir do poder simbólico.

Palavras-chave


Bourdieu

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